quarta-feira, 8 de julho de 2015

Para passar em concursos é só estudar?

Para passar em concursos é só estudar? Acredito que não. Vai muito além.
Entendendo que já há a motivação, força, foco e fé, vamos a parte prática...

O universo dos concurso é bem diferente do que pensamos, concurseiro é uma ocupação, nossa vida gira em torno de livros, editais, técnicas, macetes, estudo de conteúdos e de bancas. Não só gira em torno como se resume nisso!
O dinheiro deve ser bem administrado porque teremos gastos com materiais - sim, teremos gastos, não há como estudar seriamente para concursos com materiais baixados na internet. O tempo, ainda mais que o dinheiro - pois não há empréstimo que resolva a perda ou falta de tempo, já a de dinheiro... - deve ser diligentemente organizado, para obtermos o máximo de aproveitamento diário em estudo, sem deixarmos obrigações básicas de lado (especialmente para quem é pai, mãe ou apenas cônjuge). A casa/ambiente deve ser adequada às práticas de estudo, de forma que se tenha bom posicionamento para leitura e escrita e um mínimo de silêncio para aprender conteúdos novos. A família... ah, a família, deve apoiar o concurseiro, porque, naturalmente, ela será sobrecarregada em algum aspecto, por uma certa ausência do membro que está se dedicando a passar em concursos.

Ainda sou novata e venho adaptando-me, porque por mais que eu ouça dicas, relatos, orientações, nada acontece de um dia para o outro, nem de uma semana para a outra, as mudanças necessárias vão ocorrendo ao longo do tempo, dos meses e quem sabe, até dos anos, conforme vamos adquirindo novos conhecimentos e mapeando nossas dificuldades e, mais difícil ainda, procurando resolvê-las, o que muitas vezes, foge de iniciativas individuais nossas, fazendo com que dependamos de terceiros. E com isso, o tempo vai passando... os editais vão saindo e as provas vão chegando... Bom seria se nos esperassem! Rs. Na verdade esperam sim, muitos não estão preparados, mas muitos sim, nada mais justo com quem já está no caminho e caminhando!

Sempre gostei de estudar e achei que eu fosse inteligente o bastante, que pegaria tudo num piscar de olhos por estar interessada e focada. É de rir...
Não foi assim que aconteceu, não é assim que acontece, podem haver exceções, mas me guio pela normalidade, pela "regra".

Há semanas que consigo produzir bastante, absorver bem os conteúdos, fazer exercícios e acertar!, assistir videoaulas, tirar dúvidas nos livros, cumprir os horários. E há semanas super improdutivas, com pouquíssimas horas de estudo, perda do ritmo, do cronograma, mudança de rotina, imprevistos... Um saco... Tensão... Ansiedade... Desânimo. Para tudo!! Aí, vou eu tentar retomar do início: motivação, força, foco, fé, elaborar novamente um cronograma e uma nova rotina de estudos.
A parte boa é que quando você vê, já está evoluindo! Entendendo mais a linguagem dos livros e dos professores, das questões mais complexas - as mais complexas, não são tão complexas, dependendo da fase em que cada estudante está -, associando assuntos diferentes, ou seja, aprendendo de verdade.

Creio que para passar, é necessário algo além do "estudar", tem todo um aparato que vem junto e um universo diferente que se abre. Então, além de estudar, precisamos desbravar esse universo, absorver o mais possível para garantir bom êxito no final. Vai além... Por exemplo, criar um blogue para escrever sobre as atividades relacionadas a concurso, para tentar se manter fazendo o que gosta - escrever - sem perder o objetivo de passar e ajudar na motivação em momentos de desânimo... meu caso.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Sobre e-books para concursos

Há quase um ano, escrevi sobre mais e-books para concursos públicos. Continua escasso esse tipo de livro do mercado eletrônico, até tem umas obras legais na Saraiva e um pouco menos na Cultura, a Amazon fica atrás, com quase nada de oferta, infelizmente. Livros eletrônicos ainda são um mercado a se expandir, especialmente os mais técnicos, direcionados a certas áreas e concurso é uma delas.

Tenho alguns e-books, é prático para estudar longe de casa, dos papéis e mesas, mas, hoje, vejo que não substitui o papel. O fato de riscarmos, colorirmos à mão, fazermos anotações nas margens, faz diferença e com o conteúdo extenso dos editais, por mais que não pareça, mais prático é o livro, apostila ou qualquer outro material impresso que nos possibilite "passear" rapidamente entre páginas distantes umas das outras... 
A facilidade num e-book é fazer resumos, grifando os trechos mais importantes, o que vai servir, na conclusão de um conteúdo, para revisão. Porém, durante o curso do aprendizado, no grosso, escritos impressos são fundamentais. 
E-books são importantes, mas livros e demais materiais impressos são indispensáveis.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Engajamento "público" de concurseiros/as

Hoje, acho que posso me considerar uma concurseira, apesar de preferir o termo "concursanda".

Acompanho alguns grupos e fóruns em redes sociais aqui na internet, naturalmente, acompanho outros concurseiros, pessoas com o mesmo objetivo que eu: passar em um concurso, o dos sonhos ou apenas o primeiro de muitos.

O que vejo nessas redes não me agrada muito. Não quero generalizar, falo da maioria que observo, não de todos e nem posso dizer que é realmente maioria absoluta, mas a que se expõe na rede.

Um concurseiro/a motiva o outro pelo salário alto, benefícios a serem conquistados, estabilidade no emprego. Nada demais até aí. Acredito que isso seja comum e sem hipocrisia, são fatores que também me atraem num cargo público. No entanto, creio que não devemos reduzir nossa motivação a isso. Entendo que expressões como "servidor, cargo ou emprego público" nos convida a uma reflexão do que é realmente público e o que é serviço. Uma pessoa que entra no serviço público está ali para servir, primeiramente - não por caridade, claro, já que ela passou em um concurso concordando com as regras e esperando sua retribuição financeira pelo serviço. Criticamos tanto o governo egoísta, corrupto e injusto e parecemos estar aptos ao mesmo proceder quando reduzimos o serviço público a satisfações pessoais, somente.

Penso que seria mais coerente pensarmos em algo coletivo, em somar para o bem-estar social. Exercer um serviço público, acredito, requer um enfoque especial no todo, traduzir em prática toda a teoria que estudamos tanto antes de tomar posse no cargo. Isso é uma responsabilidade geral, independente da área, mas direciono-me, especialmente, a judiciária, na qual tenho direcionado meus estudos. Tenho aprendido tanta coisa... entendido melhor como funciona a justiça, o quanto é essencial, necessária e, infelizmente, desconhecida e desprezada pela população em geral, e negligenciada por pessoas da área.

Penso que, como servidores públicos, sendo do quadro auxiliar ou de carreira, precisamos ter um sério compromisso com o trabalho que exercermos, já que o interesse foi nosso em concorrer a uma vaga.
Sei que na prática, muitas frustrações devem nos rondar, coisas já há tempos erradas, fluindo como sendo corretas, aceitas pela maioria, contudo, deve nos rondar também e com muito mais presença, um sentimento de renovação, de esperança, de prestar atenção nas pequenas conquistas, por menores que sejam, num trabalho bem feito e em pessoas que nos sirvam como referência. Deve ser uma honra para nós fazer um órgão público funcionar, conseguir adequar procedimentos que atendam bem ao "público", mesmo não atendendo ao público, diretamente.

Espero ter este sentimento, espero contribuir com o coletivo, com o público, no meu âmbito de trabalho, seja municipal, estadual ou federal. Espero também encontrar isso e muito mais em meus colegas de trabalho, trocar, aprender.

Posso estar totalmente errada a respeito da maioria dos "concurseiros/as", com uma visão muitíssimo limitada desse universo, mas registro aqui o que percebo.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Videoaulas

Tenho assistido videoaulas e gostado bastante da experiência. Tanto no Youtube como em sites específicos para concursos tem aulas maravilhosas, com conteúdos bem expostos por professores cheios de boa vontade e poucos impedimentos.

Os professores que se arriscam em aulas virtuais têm que ser bons, pois não adianta o aluno assistir horas de aula e ainda ficar com dúvidas, por isso, esse tipo de ensino requer muita clareza nas explicações e uma sensibilidade especial para "adivinhar" possíveis dúvidas dos alunos e esclarecê-las antes mesmo das perguntas. Os professores que tenho visto, são ótimos.

Não se gasta com transporte, não há impedimentos como chuva ou sol forte, problemas com o transporte público ou nas vias, tempo perdido na condução.

Se tem algum ponto negativo, para mim, é a disciplina, que é necessária para estudar em casa... e a necessidade de internet e energia que, se falharem, adeus aulas... Fora isso, só benefícios.

Tem gente que prefere interagir com o professor, com outros alunos, prefere o ambiente de sala de aula, o que também é legal e proveitoso e poder escolher o ambiente depende muito da situação de cada um.

Recomendo videoaulas para quem tem pouco tempo, alguma impossibilidade de sair de casa com frequência ou para quem precisa economizar. E por mais cômodo que pareça, esforço, não tem jeito, sempre teremos que fazer.